Podendo ser definida de forma sucinta como a disposição ou aptidão, que alguém tem, para ser influenciado, por uma ideia recebida pelo cérebro, levando a uma busca incessante pela sua concretização operacional, a avaliação dos Índices de Sugestibilidade dos pacientes que desejam ser submetidos a sessões de hipnoterapia, é crucial para se aferir se a pessoa possui ou não as características psicológicas necessárias para retirar o máximo partido da abordagem.
Deste modo, o recurso a técnicas físicas, mentais e/ou mistas que permitam aferir com fidelidade o nível de sugestibilidade do paciente é crucial para determinarmos quais são as técnicas hipnóticas que melhor se ajustam à sua estrutura mental e à forma como este perceciona o mundo que o rodeia.
Efetivamente, a hipnose clínica fundamenta toda a sua estrutura interventiva na sugestão, que neste caso é tecnicamente denominada por Sugestão Hipnótica, sem a qual não é possível dar continuidade terapêutica aos pressupostos diagnósticos, porque o dialogo com o inconsciente do paciente fica inevitavelmente condicionada, impossibilitando por completo o acesso às vivências imagéticas do paciente. E tal acontece porque:
1. o que determina o nosso modo de agir não é a realidade existente, mas aquilo em que cremos e que, para nós, é a verdade. A pessoa que se sente ameaçada ou perseguida, mesmo que não haja nenhum perigo em torno dela e que nada lhe ameace, vive com medo da sua realidade que, mesmo sem ter relação com a realidade externa, é muito poderosa para ela.
2. a imaginação é capaz de provocar alterações de toda sorte no organismo de uma pessoa, estando comprovado que estas alterações têm correlação qualitativa com: pensamentos positivos – fé, amor, esperança, alegria etc.
3. tudo o que pensamos, com clareza e firmeza, transplanta-se, dentro dos limites do bom senso, para a faixa somática. Ao imaginarmos que estamos comendo uma fatia gostosa de abacaxi, não raro as glândulas salivares começam a segregar saliva, já repararam isso? Se imaginarmos, com firmeza, que não podemos fazer uma coisa, por exemplo, soltar as mãos fortemente encaixadas uma na outra, então não poderemos mesmo.
4. o nosso consciente é constantemente influenciado pelo subconsciente. Desta forma, podemos programar nosso subconsciente para o sucesso da mesma forma como podemos programá-lo para o fracasso.
5. Quando o intelecto e a imaginação têm pontos de vistas diferentes, vence sempre a imaginação (como determinou cientificamente Coué)., e tal acontece porque ela é mais forte que a inteligência. Mesmo sabendo (intelecto) dos riscos estéticos de ficar comendo doces a toda hora, poucos resistem à ideia (imaginação) de provar uma fatia daquele pudim de laranja gostoso que está na geladeira.
Assim sendo, nenhuma pessoa inteligente deve fazer tentativas a partir, exclusivamente, da “força de vontade”. Porque antes disso, ela precisa, necessariamente, reprogramar sua imaginação. – o acesso mais fácil para o subconsciente é o estado de total relaxamento. Quando as ondas cerebrais caem para em torno de oito ciclos por segundo – nível alfa – abrem-se os poros do nosso subconsciente.